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Por Rogerio Ruschel
Estimado leitor ou leitora, como tenho escrito aqui, a valorização dos patrimônios da comunidade e do território aumenta a eficiência do turismo e o desenvolvimento local sustentável. Como produtos com identidade e origem estão na moda e as pessoas adoram degustar receitas diferentes, o turismo baseado em eventos de gastronomia tem alto potencial para alavancar a economia local. E se isso for feito em mutirão, o sucesso é garantido.
Veja a seguir uma ótima iniciativa que demonstra que a união dos esforços da comunidade na mesma direção e sentido reduz custos e melhora resultados – e ainda mais quando une várias comunidades no mesmo projeto. O exemplo é a mobilização Sabores da Montanha, que reúne 18 cidades da Serra da Mantiqueira, muda o princípio da competição pela cooperação e certamente vai atrair milhares de visitantes. Veja o que Jéssica Aquino, da Travel For Life informa.
“A Sabores da Montanha, associação de empresários do setor gastronômico da Serra da Mantiquera, realizará entre os dias 2 de junho e 30 de julho de 2023 o 1º Festival Gastronômico Sabores da Montanha. Será o primeiro festival regional a reunir as cidades da Serra da Mantiqueira paulista e mineira, já nascendo como o maior do segmento gastronômico do Brasil, com dois meses de duração. A entidade também é uma ferramenta de divulgação da gastronomia regional.
O Festival reunirá os principais restaurantes, gastrobares, pizzarias, lanchonetes, hamburguerias, cafeterias, bistrôs, sorveterias, padarias, docerias, cervejarias, produtores artesanais e similares da região da montanha e tem o patrocínio da Revista Travel for Life.
No estado de São Paulo, as cidades envolvidas são Campos do Jordão, Cunha, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e São Francisco Xavier. No lado de Minas Gerais, participarão Andradas, Bueno Brandão, Cambuí, Caxambu, Córrego do Bom Jesus, Extrema, Gonçalves, Itajubá, Monte Verde, Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Lourenço e São Thomé das Letras.
Diferentemente dos festivais já existentes na região da Mantiqueira, que são realizados individualmente em algumas das cidades na baixa temporada com o objetivo de atrair turistas e vender pratos, o 1º Festival Gastronômico Sabores da Montanha tem o único objetivo de divulgar a gastronomia da região nas mídias locais, regionais e nacionais.
A temporada de inverno foi escolhida pois nesta época a região recebe, em média, 3,5 milhões de turistas, de acordo com as prefeituras, oriundos de diversas regiões do Brasil e de outros países, grande parte com alto poder aquisitivo.
Com isso, o evento se tornará uma grande vitrine para que o trade gastronômico e as marcas possam divulgar seus produtos ou serviços, pois ocorrerá em uma época de grande visibilidade da mídia nacional, que foca suas pautas nesta importante região, cercada por muita natureza exuberante, que é o maior atrativo dos turistas.
Além disso, durante a temporada, os estabelecimentos comerciais serão divulgados nas mídias locais, regionais e nacionais. É justamente nesta época que os veículos de comunicação dão mais atenção para a região e, com isso, o Festival terá uma grande divulgação, diferentemente dos eventos realizados em baixa temporada, período em que as mídias não dão muita importância.
Para participar os restaurantes deverão criar um prato exclusivo para o Festival. Ou aproveitar algum já existente no cardápio e divulgá-lo no evento. As cervejarias, cafeterias e docerias também poderão criar produtos específicos.
Os pratos ou criações deverão ter um valor acessível a moradores e turistas. Alguns restaurantes já decidiram os pratos. Em São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos (SP), o João de Barro Restaurante preparou um Risoto de Arroz Preto com funghi, que leva queijo de cabra, cogumelos frescos, parmesão tipo grana e azeite de trufas brancas. Segundo o proprietário, Mauro Orlando, a receita é preparada com insumos da própria região da Mantiqueira, como o queijo, que é produzido no próprio distrito; os cogumelos, provenientes de Santo Antônio do Pinhal (SP), e o parmesão, da cidade de Cachoeira de Minas (MG).
Também de São Francisco Xavier sairá uma criação autoral especialmente para o festival, preparada pelo Quintal da Prosa Pousada e Café. A iguaria foi desenvolvida pelo Chef Gustavo Ceruks e pela barista Sandra Ceruks. É o Kafija un Maize, que em leto significa café e pão. É um Tostex feito em pão de ervas frescas da própria horta, queijo meia cura de São Francisco Xavier, maçaricado, com tiras de “prosciutto crudo” e finalizado com mel local e lâminas de amêndoas tostadas. O Kafija um Maize é servido com uma xícara de café especial e foi pensado para homenagear o patriarca da família.
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