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Por Rogerio Ruschel (*)
Prezado leitor ou leitora, a notícia de que Johnny Depp, um dos mais talentosos, premiados e ricos atores de Hollywood está à beira da falência é desagradável – especialmente para ele, é claro…. Mas o pior é que, segundo a empresa que o está processando, uma das causas é que o ator costuma comprar até US$ 600 mil por mês em vinhos! Por mes, meu caro leitor ou leitora, por mês!
Batizado como John Christopher Depp II quando nasceu na Pensilvânia, Estados Unidos, em 9 de junho de 1963, Johnny Depp é também músico (formou e participou de quatro bandas de rock, chegou a tocar no Rock in Rio 2015 com os Hollywood Vampires – veja foto acima), produtor e diretor de cinema, além de ator. Quando adolescente, já morando na Flórida, queria ser guitarrista – e dizem que era até bom nisso.
Mas Depp se tornou um excelente ator e uma verdadeira máquina de lucros. Na foto acima ele faz um sofisticado vampiro no filme Sombras da Noite, de Tim Burton. Seus filmes que geraram mais lucro para Hollywood foram os da série Pirata do Caribe – na qual seu personagem Caapitão Jack Sparrow foi fundamental para gerar o impressionante faturamento de US$ 3,727 bilhões! – seguido por Alice no País das Maravilhas, que rendeu “apenas” US$ 1,24 bilhões em receita global, onde foi o simpaticíssimo Chapeleiro Maluco, na foto abaixo.
O problema é que esta máquina de fazer dinheiro também se mostrou uma máquina de jogar dinheiro fora. Esta semana o ator e a The Management Group – TMG, uma administradora financeira que trabalhou com Depp por 17 anos, começaram uma guerra na imprensa como parte de uma batalha judicial. Segundo a empresa, durante quase 20 anos, o ator gastou U$S 2 milhões por mês em coisas extravagantes como “vinhos de altissimo preço”, como a TMG registrou no processo.
Além dos vinhos, o ator torrou toda sua fortuna em compras como ilhas nas Bahamas, várias casas em Hollywood, penthouses e lofts no centro de Los Angeles, uma fazenda para criar cavalos em Kentucky, US$ 18 milhões em um iate, em 45 carros de luxo, em aviões privados e US$ 300 mil por ano com um séquito de 40 pessoas que ficavam a seu dispor, afirma a ação judicial. Depp gastou também US$ 150 mil em seguranças; milhões de dólares para comprar e manter uma coleção de arte, que inclui jóias, 70 guitarras de coleção e mais de 200 obras de artistas como Warhol e Klimt que está espalhada por 12 locais e cerca de US$ 11 milhões para ajudar amigos e familiares. Na foto abaixo com a terceira mulher, Amber Heard, com quem também travou longa batalha judicial.
Uma das muitas extravagâncias do ator Johnny Depp foi a doidura por vinhos. Em 2001 ele comprou por 10 milhões de dólares uma propriedade de 14 hectares em Plan-de-la-Tour, na Provença-Alpes-Costa Azul, sul da Franca, um chateaux no qual morava com a então sua mulher, a cantora francesa Vanessa Paradis e seus dois filhos, Lily-Rose e Jack. De acordo com a Sotheby, ele mesmo decorou o interior da casa e fez mais do que isso: construiu uma cave decorada com elementos inspirados em seus filmes “Piratas do Caribe”, caveiras, velas e tecidos de cores vivas e uma enorme coleção de vinhos – veja na foto abaixo. A adega foi colocada à venda em junho de 2015 porque o ator já dava sinais de que estava à beira da falência.
Depois disso o pobre coitado apenas comprava e bebia vinhos – alguns dos melhores vinhos do planeta, para brindar o sucesso de seus personagens inesquecíveis como o Capitão Jack Sparrow, Vikctor van Dort (no filme A Noiva Cadáver), Willy Wonka (da Fantástica Fábrica de chocolate) e o Chapeleiro Maluco no filme Alice no País das Maravilhas. Brindo a este talentoso pirata, chapeleiro maluco e talentoso enófilo: tim-tim!
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas em Snao Paulo, Brasil, e fã de Johnny Depp