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Por Rogerio Ruschel, com fotos de Daniele Lottermann
Meu prezado leitor ou leitora, este é um convite feito por uma comunidade inteira: conhecer uma das mais importantes regiões produtoras de vinho do Brasil, em eventos alegres e divertidos realizados por um mutirão de empresas e órgãos de governo, entre os quais a Associação Vinhos e Vinícolas de Altitude de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de São Joaquim e SEBRAE/SC, representadas pelos cavalheiros da foto acima, Eduardo Bassetti, presidente; Giovani Nunes, prefeito e Anacleto Angelo Ortigara, diretor.
Além das belas e badaladas praias do litoral, Santa Catarina também tem atrações no interior do estado, como o turismo dedicado à gastronomia (alemã e italiana), o turismo com experiências de vida rural, e mais recentemente o turismo dedicado à cultura do vinho; o estado já é um importante pólo produtor de vinhos do Brasil, disputando espaço com São Paulo e Paraná. E com um detalhe: Santa Catarina tem se destacado na produção de vinhos finos de altitude, uma especialidade exclusiva no Brasil – nem na Europa se produz vinhos em altitudes de até 1.400 metros.
Pois agora em março, brasileiros de todos os rincões vão subir a impressionante rodovia da Serra do Rio do Rastro (foto acima) ou outras estradas, para participar da 6a. Vindima de Altitude do Brasil. Os eventos vão ser realizados de 1 a 31 de março na Serra Catarinense, e você pode se diverter e ajudar na colheita desta que provávelmente vai ser uma safra recorde, estimada em 1 milhão de quilos, que vão gerar 1 milhão e 300 mil garrafas de vinho.
Os organizadores reservaram aos visitantes uma intensa programação a partir da abertura dos festejos no primeiro dia de março, na Praça Cezário Amarante, no centro de São Joaquim. No dia da abertura estão incluídas diversas atrações culturais gratuitas para todos os públicos, com a degustação dos vinhos mais conhecidos da região, além de queijos produzidos ali mesmo.
Mas a agenda de eventos continuará por todo o mes, sempre nos finais de semana, nas vinicolas que participam do programa. Cada vinícola criou uma programação própria com roteiros de visitas, almoços e jantares harmonizados, por-de-sol e passeios. A agenda prevê shows, cursos, workshops e oficinas sobre as variedade de uvas de vinhos de altitude, exercícios de análise sensorial de produtos e características olfativas, visuais e gustativas de vinhos tintos, brancos e rosés de altitude.
A Vindima deste ano, organizada pela Associação Vinhos e Vinícolas de Altitude de Santa Catarina, inclui 14 vinícolas dos municípios de São Joaquim, Campo Belo do Sul, Urubici e Bom Retiro: Abreu Garcia, D’Alture, Hiragami, Suzin, Quinta da Neve, Leone di Venezia, Serra do Sol, Thera, Vivalti, Villa Francioni, Villaggio Bassetti, Villaggio Conti, Vinhedos do Monte Agudo e Pericó.
As vinicolas tem pousadas próprias ou parcerias com pousadas para todos os gostos e preço, e a região oferece bons restaurantes, cafés e hotéis. E tem os vinhos, meu caro leitor ou leitora. Eu tenho boas referências dos vinhos da Villa Francioni – que andam impressionando especialistas – e me surpreendo a cada garrafa dos vinhos da Villaggio Conti. Os Conti são vinhos de profunda inspiração italiana e muito ricos em novidades como uvas pouco conhecidas no Brasil como as tintas Teroldego, Aglianico e Resfosco Dal Peduncolo Rosso, e brancas como a Grechetto (abaixo), Vermentino e Ribolla Gialla, além da Malvasia de Candia que, produzida nas Ilhas Canárias, Espanha, encantava Sheakespeare e Saramago. E tem também a Arancione, uma uva tinta com a qual Humberto Conti faz um vinho laranja excepcional, surpreendente mesmo.
Esta vindima apresenta outra qualidade: ela reflete a união da comunidade. E quem me prestigia com sua leitura sabe que costumo dar destaque a eventos que retratam união em torno de objetivos de interesse comum e que respeitam a cultura local. Por isso quero registrar que a 6a.Vindima é realizada via Lei de Incentivo à Cultura, conta com patrocínio da Engie, Supermercado Zabot, Oxford e Lamar e apoio do IFSC, Prefeitura Municipal de São Joaquim, Governo do Estado de Santa Catarina, BRDE, Sebrae, Souza Cruz, Terroir Villaggio, SESC, Aproserra e Bocatti. O evento é uma realização da Vinhos de Altitude Produtores e Associados e da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania do Governo Federal.
O presidente da José Eduardo Pioli Bassetti, que também é proprietário da vinícola Villaggio Bassetti e o produtor Acari Amorim, da Vinícola Quinta da Neve, lembram que este ano a região vai completar 20 anos dos primeiros plantios de parreiras nos campos de altitude da Santa Catarina. “Em 15 anos, nossos vinhos se tornaram referência em qualidade e ganharam prêmios nacionais e internacionais”, fala Bassetti. Concordo com ele. Não degustei todos os vinhos de altitude do Brasil, nem conheço todas as vinícolas, mas aqueles que provei me impressionaram.
Saiba mais emhttps://www.vindimadealtitude.com.br
Então, meu caro leitor ou leitora, se você puder, suba a serra do Rio do Rastro para conhecer o território dos vinhos de altitude do Brasil. E seja feliz.
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Uauuu. Bora subir a Serra catarinense, a mais européia do Brasil, com seus saboroso vinhos de altitude. Tin-tim
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Subindo a Serra!
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Como apreciador de vinhos fico contente ao ver iniciativas como esta que valorizam o vinho brasileiro.
Tive a oportunidade de conhecer a vinícola Franciozi e neste semestre pretendo voltar a essa região para conhecer novas vinícolas e provar seus produtos .
Gostaria apenas de fazer uma observação, em Cafayate , na Argentina , produzem videiras e m terras acima dos 1.400 m de altitude sua região, certamente onde Da estão localizadas as videiras de maior altitude do Brasil.
Att
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Obrigado,Dante. Na Europa com certeza não existem vinhos propduzidos nesta altitude. Abs