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Por Rogerio Ruschel
Meu prezado leitor ou leitora, In Vino Viajas acompanha o movimento do enoturismo na Itália há alguns anos. Ao final deste artigo você vai encontrar linjkspara artigos sobre o assunto desde 2013, além de uma entrevista exclusiva com Paolo Benvenutti (foto abaixo), o presidente da Associação Cittá del Vino, a associação que reúne milhares de organizações nos 432 municípios que tem sua economia fortemente influenciada pela vinicultura na Itália – entre os quais os produtores responsáveis por 80% dos vinhedos italianos com certificação de origem. Pois agora In Vino Viajas vai atualizar sua informação.
Pouco mais de 14 milhões de atendimentos estritamente relacionados ao enoturismo, faturamento de 2,5 bilhões de Euros (R$ 10,7 bilhões) ao longo de toda a cadeia de suprimentos, com 85 Euros (R$ 360,00) de gasto médio por dia, aumentando para 160 Euros (R$ 685,00) com hospedagem. Esses são os números do Relatório do Enoturismo na Itália número 15, produzido pela Universidade de Salerno e pela Città del Vino, qual emergem vários pontos interessantes. A partir da pesquisa exploratória entre os 432 Municípios das Cidades do Vinho da Itália constata-se que mais da metade (52%) não prevê o pagamento de um imposto turístico. Além disso, 73% dos Municípios realizaram em 2018, um ou mais projetos para promover ou melhorar a oferta enoturista, mas quase 60% deles não possuem um Posto de Turismo.
No entanto, de acordo com informações recebidas dos próprios municípios, os enoturistas dão uma boa nota (7,18 em média) para a oferta do turismo do vinho como um todo, incluindo as iniciativas das adegas, fornecedores e assim por diante. Além disso, os enoturistas representariam 26,9% do volume de negócios das vinícolas e ainda mais – 36% – dos negócios dos restaurantes, hoteleiros e produtores de produtos típicos. No geral a qualidade das infra-estruturas de acesso aos vários territórios é considerada insuficiente pelos turistas (média de 5,4), bem como o funcionamento das Rotas de Vinho e Sabores (5,8) dos quais fazem parte 2 em cada 3 municípios da rede.
Do ponto de vista das vinícolas (42 responderam à pesquisa exploratória, dos quais metade Toscana), o enoturismo é mesmo importante, porque as vendas diretas nas visitas às caves e degustações são responsáveis por 65% de todas as atividades de enoturismo em oferta.
E embora as opiniões dos entrevistados em geral seja positivo sobre os níveis de serviço oferecidos, as falhas e atrasos existem, por exemplo, na acessibilidade aos deficientes físicos.
Sem grandes surpresas, a Toscana (foto acima) é confirmada como a região enoturística mais popular da Itália, com quase metade das preferências globais (48,41%). Seguem-se Piemonte, Trentino-Alto Adige e Campania. A partir da pesquisa exploratória também se chega a um tiquete de gasto médio de 85 Euros para os enoturistas de passagem (que visitam os territórios sem dormidas) e de 160 Euros por turista considerando-se o nível global de experiência de serviços para o turismo do vinho ao longo da cadeia de abastecimento, incluindo viagem, alimentos, alojamento, compra de garrafas na adega, compra de produtos típicos no local.
As grandes constatações são que o turista do vinho não contribuiu apenas com benefícios para os donos das vinícolas e que ele está pronto para gastar bastante para obter uma experiência de degustação de qualidade, de vinhos de qualidade. Brindo a isso.
Fontes: Città del Vino e Vinititaly.com
Saiba mais sobre o enoturismo na Itália em In Vino Viajas:
· Veja como a Città del Vino promove o território, a identidade e a excelência para manter os vinhos e o enoturismo da Itália no mapa dos melhores do mundo http://www.invinoviajas.com/2015/08/citta-del-vino/
· Pesquisa da Associazione Nazionale Città del Vino da Itália sugere estratégias e políticas para o turismo do vinho e da gastronomia – http://www.invinoviajas.com/2013/10/pesquisa-da-associazione-nazionale/
· A importância da internet para o turismo na Itália, segundo a Associazone Nazionale Cittá del Vino – http://www.invinoviajas.com/2013/08/a-importancia-da-internet-para-o/