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Pólo econômico mais importante do Equador por causa do porto e da concentração industrial, Guayaquil fica às margens do rio Guayas a cerca de 20 quilometros do Oceano Pacífico – e literalmente aos pés da Cordilheira Chongón-Colonche, uma cadeia de montanhas de média altitude – se comparada a outras cadeias repletas de vulcões que você vai conhecer em outro post aqui no In Vino Viajas.
A principal atração da cidade é o Malecón 2000 (Malecón del Salado), mas arranje tempo para fotografar os parques urbanos e museus. Se você estiver com crianças, visite o Parque Histórico de Guayaquil, um pouco fora do perímetro urbano, mas que vale a pena porque vai proporcionar um pouco de aventura para os pequenos por causa do mini-zoológico, do passeio em manguezais por decks de madeira e por causa da réplica da Guayaquil antiga, que inclui bondes para tirar fotos (veja abaixo, este repórter voltando à infância)
Os museus são muito enriquecedores. Se você quiser conhecer um pouco da história do Equador e de Guayaquil, priorize uma visita ao MMAC – Museu Anbtropológico e de Arte Contemporânea, talvez o mais rico acervo equatoriano de culturas pré-hispânicas do país. Mas se tiver tempo visite também o Museu Municipal de Guayaquil, o Museu Nahim Isaías e o Museu da Casa de Cultura. Mas o Malecón 2000 é mesmo a grande atração de Guayaquil e você não pode perder. É um mega-projeto de reurbanização do antigo porto iniciado no ano 2000, considerado modelo mundial de urbanismo, comparado ao Coconut Walk de Miami e ao Puerto Madero na Argentina – e que me lembra um pouco a Estação das Docas em Belém do Pará, na orla da Baía do rio Guajará.
O Malecón foi restaurado com grande ajuda financeira popular, e inclui também a renovação de antigas favelas na região, como a do Cerro Sant’Ana (Morro Santa Ana) – veja abaixo. Na verdade, o projeto de restauração continua, atingindo outras regiões da cidade, o que torna Guayaquil uma cidade diferente a cada visita.O Malecón se estende por uma área de 2,5 quilometros de extensão ao longo do cais e também para “dentro” da cidade, no qual você pode passar o dia inteiro (na verdade, mais de um dia!) vendo grandes monumentos da história de Guayaquil, alguns museus como o badalado MAAC e o Museu Naval.
As surpresas continuam: são dezenas de jardins, fontes e monumentos diversos dividindo espaço com galerias de arte, cibercafés, dezenas de simpáticas lojas e muitos espaços gastronômicos com restaurantes, bares e lojas de produtos enogastronômicos: prove a típica chicha de mandioca fermentada, ou uma naranjilla, um delicioso suco de frutas cítricas. Uma beleza! E, é claro, como Guayaquil é uma cidade globalizada, as cartas de vinhos incluem rótulos internacionais, além dos moscatéis Castell Real e dos Mesón branco e tinto produzidos localmente. O Equador já teve mais de 60.000 hectares plantados no século XVI, introduzidos pelos espanhóis, mas atualmente a vitivinicultura tem cerca de 200 hectares de vinhedos nas montanhas do interior (nos vales de Patate, na província de Tungurahua e Yaruqui, perto de Quito) e outros 50 hectares na província de Manabi, na costa.
Jardins do Malecón
No Malecón você pode fazer passeios noturnos e diurnos de barco pela orla do rio Guayas – quem sabe jantando a bordo para degustar um bom moscatel Castell Real? E para completar o dia lá está o primeiro cinema IMAX da America Latina e o início de animadas baladas – no Malecón e na cidade. A fina flor da elite do Equador já comprou ou está comprando apartamentos de luxo no Malecón, o que garante também a boa oferta de serviços de qualidade na região. Um brinde ao Malecón.
(*) Rogério Ruschel é jornalista e consultor especializado em sustentabilidade e esteve no Equador a convite do Ministério do Turismo daquele país.