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–>Por Rogerio Ruschel (*)
–>O quadro acima mostra que começamos a aumentar a importação com o fim da didatura militar no começo dos aos 90 (a partir de 1992, já na gestão do presidente Itamar Franco (1992-1995), como resultado tardio da “abertura dos portos” realizada pelo deposto presidente Fernando Collor (1990-1992) porque antes disso as importações eram proibitivas. Quer dizer: com os militares “protegendo o mercado brasileiro” sofríamos também nas papilas gustativas além de ter que pagar 20 mil dólares por uma linha telefonica, comprar computadores ruins, ultrapassados e caros e automóveis que eram verdadeiras “carroças”.
–>Outro exemplo interessante está no quadro acima: os brasileiros misteriosamente “passaram a preferir” vinhos latino-americanos a vinhos franceses, portugueses, italianos, espanhóis e norte-amercianos a partir de 2004, no segundo ano da primeira gestão Lula. A razão? Os brasileiros foram obrigados a compartilhar seu gosto com práticas bolivarianas da política externa brasileira praticada pelo PT desde 2003 que incluem uma taxação de impostos de até 82% para vinhos não do Mercosul.
–>Destaco outras informações. Em 26 anos o Brasil importou mais de US$ 3 bilhões em vinhos (veja quadro acima), de cerca de 30 países, com destaque para produtores latinos. Em 2014 o valor de importações de vinhos estrangeiros foi de US$ 324,5 milhões e mais de 54% dos vinhos importados vieram dos paises do Mercosul, considerando-se o Chile como associado: Chile (35,12%), Argentina (17,58%) e Uruguai (1,17%).
–>A contra-partida foi fraquíssima: em 2014 o Brasil exportou apenas US$ 10, 2 milhões (veja quadro acima), dos quais 20% foram para a Inglaterra, 12% para a Bélgica (provavelmente espumantes) e 10% para o Paraguai. Dez milhões de dólares são menos de 28 milhões de reais, caro leitor, um valor assustadoramente mixuruca para quem tem (ou tinha?) o sétimo PIB do planeta. Em seu estudo, Oscar Daut revela que “Meu sonho não é nada de extraordinário. Apenas desejo viver o dia em que tenhamos preços de vinho semelhantes aos demais países, que nossa bebida preferida seja tratada como um prazer corriqueiro, sem a aura de elitismo que nos manipula, que o Brasil valorize seus próprios vinhos, mas sempre mantendo a curiosidade pela produção dos demais países e pela diversidade.” Assino embaixo. O estudo completo de Daudt está em http://www.enoeventos.com.br/201501/importacoes/importacoes.htm