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A história da Alsácia é uma epopéia. Ocupando um vale fértil ao longo do Rio Reno protegido pelas montanhas Vosges, no nordeste da França, fronteiriça com Alemanha e Suiça, a região foi habitada por tribos nômades de caçadores em tempos pré-históricos e pelos Celtas a partir de 1.500 A.C. Por volta do ano 58 A.C. virou um território romano dedicado à viticultura; com o fim do Império Romano foi território de Alamanos, Francos, parte do Sacro Império Romano-Germânico e cedida à França no fim da Guerra dos 30 Anos, em 1648.
É difícil destacar atrações, até porque no segundo dia você já não lembra mais o nome dos vilarejos, mas é imperdível uma visita ao Castelo de Haut-Koebnigsbourg, em Orschwiller, que, segundo registros existentes, teria sido construído no século XII. Foi propriedade dos Habsburgos, dos Tierstein, pilhado e incendiado durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Entre 1900 e 1908 foi restaurado pelo Imperador alemão Guilherme II, e finalmente passou a ser propriedade da França em 1919, com o Tratado de Versalhes.
A cegonha é o símbolo da Alsácia desde tempos imemoriais, e em alguns vilarejos pode-se ver ninhos nos tetos de torres, vigiados severamente pela população. Aliás, a preservação de bosques, riachos e animais é parte do modo de viver alsaciano. Visitei um belo show de aves de rapina treinados (falcões, águias, corujas, abutres e assemelhados), o La Volerie dês Aigles, no Castelo de Kintzheim, parte de um programa de re-introdução destas aves. Outros centros de preservação, pesquisa e exibição de animais silvestres da região trabalham com lontras, cegonhas (em Hunawihr) e macacos Magot.
Em termos de gastronomia a riqueza está nas diversas influências culturais. Pode-se comer típicos chucrutes, backeofes, kugelhopf, bretzels e muita carne de porco alemães, ao lado de tartes aux myrtilles, coq au riesling e tartes flambées e tartes a l’oignon bem franceses. E queijos, é claro.
Hospedei-me em Colmar (centro comercial do vinho alsaciano), de onde fazia incursões diárias de até 30 quilometros a Sélestat, Ribauvillé, Ingersheim, Bergheim, Saint-Hippolyte, Riquewhir, Zellenberg, Kayserberg, Kientzheim e outros vilarejos com nomes impronunciáveis e muito atraentes.
Em Colmar vale visitar o Museu Interlinden, com obras da Idade Média ao Renascimento; o Museu Bartholdi, arquieto criador da Estátua da Liberdade; os canais com casas floridas da Petit Venise e degustar o ambiente. No caminho entre Colmar e Mulhouse ficam duas atrações que não conheci: a Cité de l’Automobile, o maior museu de automóveis da Europa e o Ecomuseu da Alsácia, com 72 casas rurais dos séculos 16 a 18.
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Belas fotos! Parabéns pelo blog! Já pensa em uma próxima viagem? Sol Flauto
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Obrigado, Sol. Sou otimista: tô sem grana mas sempre pensando em viajar pelos roteiros do vinho do mundo. Falta Bordeux, Alemanha, Chile, Grécia, Portugal…
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Adorei seu blog Rogério! Muito bacana sua iniciativa! Beijos
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Obrigado, Fabíola – um brinde às coisas boas da vida, porque não basta trabalhar.
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Alsacia realmente é um brinde aos espumantes e colheita tardias!
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É mesmo, Rê – brindemos a isso! Bjs
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Adorei o post! E relembrei meus momentos em Colmar!!! 🙂 Adoro este blog!
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Reviver uma viagem é apenas um dos beneficios de ter feito a viagem, Deziree. Vamos continuar revivendo e espero que você continue nos visitando e divulgando o blog.
bjs de são paulo
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