Brasil apresenta 11 cafés com Indicação Geográfica (IG) no principal evento da Europa – e ganha titulo de melhor barista

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Por Rogerio Ruschel, com texto da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

Meu prezado leitor ou leitora, que tal tomar um cafézinho não só com qualidade internacional mas também com a certeza de uma origem certificada? Isso é o que cafés especias certificados com uma Indicação Geográfica podem oferecer, além de maior valor agregado que significa margem de lucro ampliada.

Já temos 13 regiões produtoras de cafés especiais certificadas com IGs e o Brasil levou 11 destas origens produtoras de cafés especiais, à principal feira do segmento na Europa, a World of Coffee, que foi realizada em Atenas, na Grécia, de 22 a 24 de junho deste ano. A iniciativa integra as ações do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). E também teve o barista brasileiro Boram Um, da cafeteria Um Coffee Co., eleito pela World Barista Championship (WBC), competição internacional considerada como o melhor barista do mundo. O barista apresentou um blend de arábica produzido em sua fazenda em São Gonçalo do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, com outro arábica da variedade gueixa do Panamá.

Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela a apresentação dessas 11 origens com Indicações Geográficas é a grande novidade da ação deste ano e vem ao encontro das demandas do mercado europeu no que tange a produtos que respeitem os critérios ESG em seu processo de produção.

No estande do país no evento estão duas salas de reuniões para prospecção de negócios, seis bancadas de empresas participantes do projeto setorial, duas salas de cupping e um brewbar para degustação dos cafés especiais provenientes das IGs: Denominações de Origem Caparaó (ES e MG), Região do Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Rondônia e Montanhas do Espírito Santo; e Indicações de Procedência Alta Mogiana (SP), Campo das Vertentes, Espírito Santo (café conilon), Região de Garça (SP), Matas de Minas, Norte Pioneiro do Paraná e Região de Pinhal (SP).

Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, a Europa é o principal mercado dos cafés especiais brasileiros e a Grécia, que tradicionalmente é consumidora de cafés mais convencionais, vem evoluindo nesse cenário. “Estão sendo abertas muitas cafeterias no país, que vêm descobrindo a origem brasileira e a qualidade do café especial do Brasil. Essa é uma excelente oportunidade para a expansão em um novo mercado e a inclusão do nosso produto diferenciado”, comenta.

E complementa: “Apenas entregar qualidade não é mais suficiente, por isso a BSCA trabalha com um tripé muito importante, que envolve qualidade, sustentabilidade e origem, o que é uma realidade do café especial brasileiro. Evidenciar isso em nosso principal mercado é uma resposta aos anseios europeus sobre nossa produção de café especial rastreável e com respeito à governança socioambiental, garantindo posição de destaque ao Brasil”, completa.

Em 2022, a participação brasileira na World of Coffee, realizada em Milão, na Itália, rendeu US$ 21,894 milhões em negócios presenciais e a prospecção para a concretização de mais US$ 93,630 milhões nos 12 meses seguintes, através de 1.193 contatos comerciais realizados na feira. Para este ano, a previsão é que os números sejam equivalentes ou superiores.

BRAZIL. THE COFFEE NATION

O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation” é desenvolvido pela BSCA e pela ApexBrasil com foco na promoção comercial do produto nacional no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos grãos brasileiros em todo o mundo e posicionar o país como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas.

O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.

O projeto visa, ainda, expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros.

Fonte: Paulo André, Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

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