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Por Rogerio Ruschel (*)
A vinicultura foi retomada em 1852 com a criação da Colonia do Superagui, no litoral paranaense, por colonos vindos especialmente da Suiça (Vevey) e França (Alsacia), mas também alemães e italianos que trouxeram uvas vitis viniferas.
Segundo registros da época, no final da década de 1870 a Colônia contava com 6 cantinas. Veja abaixo uma ilustração dos vinhedos na Colonia do Superagui no século XIX – hoje a ilha toda é uma reserva ecológica declarada Patrimonio da Humanidade pela Unesco em 1999.
Atualmente o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) identifica 21 grandes regiões produtoras de vinhos no Brasil, sendo tres delas no estado do Paraná. Conheça um pouquinho das caracteristicas destas regiões.
Oeste Paranaense – O Oeste Paranaense tem o seu centro na cidade de Toledo, onde se localiza a Vinicola Dezem, uma das mais qualificadas – veja na foto abaixo. Variedades de uvas tintas pouco exploradas em outras partes do Brasil, como Tempranillo, Sangiovese e Negro Amaro vem demonstrando ótima adaptação a esse novo terroirbrasileiro.
Norte do Paraná – Nesta região, concentrada entre os municípios de Londrina, Marialva, Maringá, Rolândia e outros adjacentes, tradicionalmente predomina a produção de uvas finas de mesa, mas nos últimos anos tem se diversificado. No município de Maringá também são produzidos vinhos finos e vinhos de mesa, em pequena escala. O municipio de Marialva é responsável pela produção de quase 50% das uvas do Paraná, especialmente com a uva Rubi, homenageada em uma Festa da Uva e com a estátua de um grande cacho de uva na entrada na cidade – veja abaixo a uva e a estátua. Em Londrina está morando o apresentador da Rede Globo Galvão Bueno, produtor de vinhos de qualidade no Brasil (serra e campanha gaúchas, em parceria com a Miolo) e na Toscana. Será que ele vai investir no Paraná?
Mas a cidade de Bituruna, quase na divisa com Santa Catarina, se considera capital do vinho no Paraná e tambem fez um pórtico – digamos assim – criativo – veja abaixo.
Recentemente o Ministério do Turismo divulgou uma reportagem sobre a vitivinicultura na Região Metropolitana de Curitiba; veja a seguir alguns aspectos.
O roteiro Caminhos do Vinho começa em Colonia Mergulhão, São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (veja foto acima). Ainda compõem o passeio atrações como um museu do vinho, a venda de produtos coloniais, um pesque e pague e uma pista de velocross, para os turistas mais animados. O local do passeio fica a 5 km do Aeroporto Internacional Afonso Pena e a 26 km do Centro de Curitiba.Naz foto abaixo a casa historica João Bortolan, de Colonia Mergulhão.
O acesso pode ser feito pela entrada de São José dos Pinhais (Via Av. das Torres), BR-277 e BR-116 (contorno leste). Para circular pelo roteiro, se recomenda um veículo de passeio ou contratar um serviço de turismo receptivo. Os interessados podem comprar o passeio pela “Linha turismo” com partidas aos finais de semana (sábado as 13h30 e domingo as 11h) a partir do Shopping São José, no centro de São José dos Pinhais.
O roteiro e administrado pela Associação Caminho do Vinho – Colônia Mergulhão (ACAVIM). Entre as atrações estão vinícolas, restaurantes e outros serviços de turismo – veja abaixo. Vinícolas: Adega Bortolan, Cantina Della Mamma, Vinhos Dom Roberto Perbiche, Vinhos Don Gabriel, Vinhos Irmãos Juliatto, Vinhos do Italiano, Vinhos Laureanti, Vinhos Pissaia, Vinhos Vô Dide, Vinhos Vô Vito. Um pequeno museu, o Perbiche, tambem recebe turistas – veja abaixo.
Restaurantes: Bosque Italiano, Casa Laureanti, Don Gabriel, Dulce Restaurante, Frutos da Terra, Panela de Barro, Sol e Lua, Sitio Rio Pequeno, Vô João. Cafés coloniais: Casa Bela Café, Casarão Café Colonial, Dulce Café Colonial, Grimpa Verde Café colonial, Vanille Café Colonial. Nosa restaurantes , vinícolas e armazéns podem ser encontradas conservas e outros alimentos produzidos localmente, como as da foto abaixo.
Outras atrações são o Armazém do Mazza, Casa do Artesanato, Chácara e Pousada Bella Vite, Encantos do Jardim, Glória Doces e Salgados, Minhocário Martins, Pesk e Pague Beira Rio, Pesk e Pague do Cachimbo, Velocross, Vinhos Dom Roberto e Samuleria Mergulhão.”
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Interessante a matéria, parabéns pela descoberta do tema e conteúdo. Eu desconhecia que houvesse vinhos finos produzidos no Paraná.
Vamos organizar uma degustação às cegas pela revista Eno Estilo? Seria interessante não acha?
Estamos na mesma região e podemos reunir outros colegas.
Abraços e ótimo final de semana,
Camila H. Coletti
http://www.enoestilo.com.br
http://www.vinhoedelicias.com.br
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Ola Camila, tudo bem? É um prazer e uma honra tê-la como leitora do In Vino Viajas. A vinicultura do Paraná ainda não teve o reconhecimento devido, e creio que isso pode ser acelerado com iniciativas como meu post e uma degustação as cegas da revista Eno Estilo, evento conhecido e respeitado. Vou entrar em contato com você pelo facebook para falarmos sobre isso. Obrigado e abs, Rogerio