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Meu prezado leitor ou leitora, imagine uma comunidade com mais de 2500 anos de história, implantada em uma grande planicie fértil repleta de construções megalíticas e vinhedos, sobreiros e olivais e com o céu mais claro do mundo. Imagine que, embora esta comunidade tenha uma clara vocação para a agricultura, seja uma cidade com castelos, uma vila romana incrível e belas atrações culturais como a Sala Capitulo do Museu Rainha Dona Leonor da foto acima. Pois esta comunidade se chama Beja, é a capital do Distrito de Beja e do Baixo Alentejo em Portugal, um excelente local para conhecer vinhos do centro e sul de Portugal. Na foto abaixo, panorâmica da Herdade dos Grous, uma das vinicolas de Beja.
Para um visitante que não é criador de animais, a principal feiras é a Vinipax, a grande mostra de vinhos do sul de Portugal. O diretor técnico da Vinipax é o enólogo Aníbal Coutinho, critico de vinhos dos jornais Diário de Noticias e Jornal de Notícias e autor de conhecidos guias de vinhos de Portugal, os das séries “Copo & Alma” e “Guia Popular de vinhos”. Pois Coutinho coordena também o Concurso Internacional de Vinhos “PREMIO FIJEV/VINIPAX” em parceria com a Federação Internacional de Jornalista e Escritores de Vinhos (FIJEV), provavelmente o mais importante desta região portuguesa; na edição 2015 cerca de 60 vinhos do Alentejo e das regiões de vinhos do Algarve e da Península de Setúbal competiram no concurso.
Mas nem só de vinhos vive o homem e Beja oferece turismo de qualidade. Fundada por celtas cerca de 400 anos AC, Beja foi invadida e colonizada por lusitanos e cartagineses; foi uma província do Império Romano por mais de 600 anos, do qual chegou a ser a sede de uma das quatro chancelarias da Lusitania (o nome do Império Romano na Península Ibérica), no tempo do imperador Augusto. Depois dos romanos, o território foi ocupado por visigodos, alanos e suevos. Entre os anos 714 e 1162 esteve nas mãos dos árabes, foi reconquistada pelos cristãos e finalmente se tornou uma cidade portuguesa em 1517. Como se não bastasse, Beja ainda sofreu com as invasões francesas entre 1807 e 1811, mas vamos deixar Napoleão pra lá.
Os turistas geralmente dão preferência para o Museu Rainha Dona Leonor (também conhecido como Museu Regional de Beja) implantado nas dependências do antigo Convento da Conceição e tombado como Patrimônio Nacional desde 1922 (foto acima, a Sala do Capitulo); o Museu Jorge Vieira – Casa das Artes com obras do escultor lisboeta Jorge Vieira, um dos mais importantes do século XX de Portugal e o Espaço Museológico Rua do Sembrano, com foco na arqueologia e paleontologia.
Mas além dos museus, outra visita obrigatória é o Castelo de Beja, parte remanescente dos antigos muros de defesa da cidade construido pelos romanos entre o século III e o século IV (fotos acima); a Villa Romana dos Pisões, com cerca de 30 mil metros quadrados (foto abaixo), e igrejas e abadias, muitas delas.
E por falar em igrejas, foi em Beja que nasceu a freira Mariana Alcoforado (foto abaixo), em 1640, autora de cinco cartas de amor dirigidas ao Marquês de Chamilly (o bonitão da foto abaixo), um marechal do exército francês que lutou em Portugal durante a Guerra da Restauração. As tais cartas de amor da freira foram passadas para fora do convento por uma janela, “vazaram na rede”, como se diz nestes tempos de internet, e acabaram se tornando um clássico literário de amor proibido com o titulo de “Cartas Portuguesas”.
Então já sabe, estimado leitor ou leitora: se você quiser conhecer os vinhos do sul de Portugal, se divertir, conhecer coisas bonitas e sentir no coração um vento que já soprou em amores clássicos, aproveite e visite a RuralBeja, em outubro; conheça detalhes aqui: http://www.cm-beja.pt/homepage.do2
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Rogério, gostei. Estou considerando visitar. Vou conversar com você. Parabéns pelo excelente blog!
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Obrigado. Portugal sempre é um ótimo destino. Vamos conversar. Abs, Rogerio
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Rogério vou passar 17 dias rodando por Portugal, quais as dicas que vc me daria.
Vou no início de setembro, aguardo ansiosa sua contribuição.
Abs
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Fabiana, esta pergunta é dificil de responder porque cada pessoa tem seu proprio gosto. A vantagem é que Portugal é pequeno para brasileiros acostumados com grandes distancias. Sugiro que não deixe de conhecer Porto e Douro no norte (reserve uns 7 dias e se tiver tempo, conheça tambem a região do Vinho Verde, no Minho, mais 2 dias); percorra o Alentejo, na parte central do país (Monsaraz, Evora, Arraiolo e região, que vai consumir pelo menos 4 dias); Lisboa e região (que precisa de uns 5 dias) e se tiver tempo, vá até o Algarve, bem no sul. Mas ainda tem Fátima, perto de Lisboa. Se gosta de vinho, em setembro é tempo de vindima, de colheita da uva em todo o pais… Outra dica é chegar pelo aeroporto de Porto e voltar por Lisboa, é o mesmo preço. Boa viagem
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Rogério vou passar 17 dias rodando por Portugal, quais as dicas que vc me daria.
Vou no início de setembro, aguardo ansiosa sua contribuição.
Abs
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Ola Fabiana, já respondi, veja acima. abraços
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