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Por Rogerio Ruschel (*)
O produto enoturístico mais recente a ser certificado foi a Rota do Vinho Empordá na Costa Brava, Espanha, que fica entre a Catalunha espanhola e a França e oferece um atrativo exclusivo: o triangulo dourado de Salvador Dali, como são chamados três prédios que mantém viva a memória sobre a obra do pintor catalão. Veja abaixo o páteo da Casa Museu Salvador Dali em Cadaqués e o mapa da região.
A Rota do Vinho Empordà foi criada para promover a DO Empordàque compreende 2.020 hectares de vinhedos nos municípios de Alt Empordà e Baix Empordà com 423 viticultorese 45 vinícolas registradas no Conselho Regulador, e uma produção anual estimada de cerca de 3,5 milhões de garrafas de vinho. As uvas permitidaspara registro são as brancas Grenache Branca, Macabeu, Muscat, Muscat d’Alexandria, Chardonnay, Gewürztraminer, Malvasia, Piquepoul, SauvignonBlanc e Xarel·lo; as uvas tintas são Carignan, Grenache, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Mourvèdre, Tempranillo, Syrah, Grenache e Hairy.
A Rota do Vinho Empordà foi criada em setembro de 2012 e reúne o Conselho Regulador da DO Empordà, os conselhos de 55 municipios, escritórios de turismo oficiais e 66 empresas enoturísticas (25 vinícolas, 10 hotéis, 11 restaurantes, duas butiques de vinho, um serviço de degustação, 7 empresas de negócios vitivinicolas, 4 museus, 2 spas de vinho,3 serviços de reserva central e uma empresade transportes.
Além dos vinhos, gastronomia, praias e baías, paisagens e muito sol, a Rota do Vinho Empordà tem um atrativo exclusivo: o triângulo dourado deDali, três das maiores heranças de Salvador Dali:
2. A Casa Museu SalvadorDali de Cadaqués,casa de praia onde vivia com Gala, que tem animais montados, decoração kitsch e todos os tipos de surpresas.
Aqui no Brasil não existe nenhum Roteiro de Vinho com o formato internacional de organização independente com CNPJ próprio, associados contribuintes, plano de marketing e comunicação próprios, orçamento, programa de capacitação, equipe de gestão e controle de qualidade. Mesmo na serra gaúcha, onde se produz vinhos há mais de 150 anos, vários roteiros são chamados de Rotas do Vinho, que são mesmo trechos de estradas, alguns com placas informativas colocadas por uma pessoa dedicada ou uma prefeitura, mas sem nenhum tipo de controle ou manutenção.
(*) Rogerio Ruschel é enófilo, jornalista e mora e trabalha em São Paulo, Brasil, de onde admira o trabalho de Salvador Dali e os vinhos da Catalunha