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Por Rogerio Ruschel
Estimado leitor ou leitora, fico feliz em poder divulgar a conclusão de uma pesquisa da Universidade de Harvard sobre como o consumo equilibrado de vinho faz bem para o coração. Isso já foi mostrado por muitos outros estudos, mas este agora é o pai de todos os estudos por seu alcance e prestígio: 210.145 americanos durante 30 anos. E lamento ter que informar que o consumo de carne e carboidratos refinados pode aumentar os riscos cardiovasculares. Enfim, acho que não se pode ter tudo ao mesmo tempo…
Então anote: beber vinho, café e comer vegetais com folhas verdes pode ser a chave para ter um coração mais saudável, de acordo com as descobertas de uma nova pesquisa, pioneira no estudo do impacto dos alimentos saudáveis nos alimentos. Pesquisadores da Harvard T.H. Chan School of Public Health, uniddade da Universidade de Harvard, estudou mais de 30 anos de dados dietéticos de um total de 210.145 americanos, com o objetivo de avaliar o quanto certos alimentos influenciam os riscos de doenças cardíacas e derrames. O resultado foi publicado em novembro de 2020 no Journal of the American College of Cardiology.
Eles descobriram que uma dieta rica em ingredientes pró-inflamatórios, como carnes processadas e carboidratos refinados (pão, pãezinhos, doces, massas, arroz branco, açúcar, sucos, bebidas doces …), poderia aumentar o risco em 46% de doenças cardíacas e em 28% de acidentes vasculares cerebrais.
Pelo contrário, o estudo revelou que os participantes que comeram muitos alimentos antiinflamatórios tiveram um risco menor de desenvolver doenças cardíacas. Especificamente, o estudo cita alimentos como vegetais de folhas verdes, vegetais laranja e amarelo, grãos inteiros, café, chá e vinho tinto; todos ricos em antioxidantes e vitaminas essenciais para os benefícios da saúde.
Este estudo, liderado pelo Dr. Jun Li, é o único no qual os pesquisadores analisaram o impacto cumulativo dos alimentos pró-inflamatórios no risco de doenças cardíacas; em outras palavras: por que alguns alimentos são mais prejudiciais à saúde cardíaca no longo prazo do que outros. Na verdade o estudo está entre os primeiros a vincular um índice inflamatório alimentar (baseado em alimentos) a um risco de doença a longo prazo cardiovascular.
Depois de controlar os fatores de estilo de vida, eles descobriram que as pessoas que comiam alimentos ou bebidas processadas eram mais propensas a ter ataques cardíacos ou desenvolver doenças cardíacas durante o estudo. Todos esses grupos de alimentos estão ligados a biomarcadores que indicam inflamação e estresse no corpo.
Meu caro amigo ou amiga, infelizmente gosto de carne, pães, massas e doces, mas também de vinho, que procuro beber de maneira equilibrada. Se você quiser detalhes, procure “Dietary Inflammatory Potential and Risk of Cardiovascular Disease Among Men and Women in the U.S.” – https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2020.09.535