Genebra: um brinde aos museus e parques na primavera

Tempo de leitura: 4 minutos

Este repórter no Horloge Fleurie, no Jardin Anglais
Por Rogerio Ruschel (*)
Mesmo com menos de 200 mil habitantes Genebra (foto do centro, abaixo) é a segunda maior cidade da Suiça; destes, pelo menos um terço são estrangeiros, o que a torna uma das mais globalizadas da Europa.
Por causa de sua notória independência política, a Suiça é a sede de mais de 20 organizações multilaterais da rede da ONU (veja abaixo) e de 250 organizações internacionais de primeiro time. E a grande maioria fica em Genebra, onde se fala francês (predominantemente), alemão e italiano – os idiomas oficiais do país – e evidentemente ingles.
Por isso, ao lado de Nova Iorque, Genebra é um dos mais importantes núcleos da diplomacia e da cooperação internacionais. O núcleo da ONU é o Parque das Nações, dentro do Parque da Ariana (abaixo).
Entre as organizações sediadas em Genebra estão várias da rede das Nações Unidas – como a Organização Mundial da Saúde, a Organização Mundial do Comércio, a Organização Mundial da Meteorologia, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, os Altos Comissariados – a sede mundial da Cruz Vermelha e a Unesco.
“Broken Chair”, esta escultura de Daniel Berset de uma cadeira sem uma perna, lembra a violência das minas e se tornou um simbolo da paz.
Chamada de “Cidade da paz” porque lá foram assinados diversos tratados em prol de paz mundial, Genebra é também o terceiro centro financeiro da Europa, depois de Londres e Zurique – pois é, ao que parece, o dinheiro compra tudo, até a paz…. Aliás, nesta cidade vinho pode ser mais barato do que água (algumas das mais badaladas águas minerais do mundo são suiças; Evian é francesa, mas produzida muito perto de Genebra) embora a água da torneira seja tão limpa que dá para beber.
Localizada no extremo oeste da Suiça, no ponto onde os rios Reno e Arve se reúnem na saída do Lago Leman (ou Lago Genebra) para continuar a descer pela França até o oceano, Genebra faz fronteira “de muro” com a França. Aliás, do aeroporto de Genebra você pode escolher sair para a Suiça ou para a França – saia pela França, onde o taxi é muito mais barato…
Em um vale belíssimo (no verão) e congelado (no inverno) formado por rios e lago e cercado por montanhas, Genebra oferece alguns dos cenários geográficos-urbanos mais bonitos do mundo – entre eles, a menos de 20 quilometros da cidade, os vinhedos de Lavaux (foto abaixo), tombados como patrimonio natural da Humanidade pela Unesco – veja post em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/05/nos-vinhedos-de-lavaux-suica-um.html.
Aliás, por falar em vinhos, é bom ficar sabendo que perto de Genebra também se produz vinhos. Em Satigny (foto abaixo) são cultivadas uvas tintas Gamay e Pinot Noir e a Chasselas suiço, para vinho branco. Então você pode se dar ao luxo de, depois de caminhar pelos parques e visitar museus, parar em um restaurante e comer queijos (suiços, é claro), bebendo um vinho produzido há menos de 20 quilometros da cidade!
A presença de inúmeros museus e parques (muitos com entrada grátis); um calendário de eventos culturais e de entretenimento de padrão internacional e serviços públicos de transporte, segurança e educação do tipo “melhor-impossivel” (qualidades necessárias para oferecer aos milhares de diplomatas e estrangeiros que vivem lá), levaram Genebra a ter outros dois títulos: é uma das 10 cidades com melhor qualidade de vida no mundo e também uma das 10 mais caras para se viver. Abaixo, o Museu de História Natural, o mais importante da Suiça.
Mas o que quero mostrar neste post são algumas das belezas dos parques e museus de Genebra, na primavera. Em outro post você vai poder ver estes parques no outono e inverno, aguarde.
Genebra tem mais de 310 hectares de áreas verdes em mais de 50 parques, que representam 20% da área urbana urbana.
Em muitos destes parques estão sediados museus como o Museu da História das Ciências (veja abaixo) na mansão Villa Bartholoni, no Parque Mon-Repos, que por sua vez fica no Parc de la Perle du Lac.
Ou o conhecido museu Patek Phillipe (abaixo), sobre – evidentemente – relógios e marcação do tempo.
Continue a ler sobre outros parques e museus de Genebra no post Primavera nos parques de Genebra – 2, neste blogue.
Outras reportagens sobre Genebra:
(*) Rogério Ruschel é jornalista de turismo e enoturismo e consultor especializado em sustentabilidade. Esteve várias vezes em Genebra visitando a filha Renata, autora de algumas das fotos aqui publicadas.

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