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Com aulas em salas e no campo (em vinhedos de Muro de Alcoy que praticam os conceitos), os alunos irão aprender que o agricultor devereceber um preço justo pelo seu trabalho; que as uvas (como qualquer produto alimentar) deve serobtida através da aplicação de boas práticas agrícolas, utilizando-se preferencialmente as variedades locaise respeitando o meio ambiente; que qualquer empresa tem de cooperar com o meio ambiente e promover a cultura local e que a educação é um pré-requisito para o desenvolvimento com sustentabilidade territorial. O gráfico abaixo resume a proposta do Projeto Microviñas.
O programa propõe mudanças em uma série de paradigmas estabelecidos que já demonstraram ser modelos superados de ação não-sustentável. Nos sete blocos do curso serão abordadas questões como a economia do bem comum; novas alianças estratégicas como ferramentasque aumentam o valor social em pequenas propriedades; modelos de negócios com benefícios para todos os envolvidos (win-win business); legislação para a administração de pequenas empresas e planos de negócios de pequeno porte; conteúdos de biodiversidade aplicada a produtores rurais; e habilidades e conhecimentos para obter a excelência e rentabilidade em áreas de pequenos agricultores, consideradas minifúndios. Na foto abaixo a utilização de biomassa entre as vinhas como recurso orgânico produtivo.
Um dos blocos vai mostrar na prática (nos vinhedos e na adega) as experiências relacionadasao projeto Microviñas, tido como um novo modelo de produção sustentável em áreas de minifúndio e que vem conquistando prêmios e elogios no mundo todo. O projeto Microvinhas é uma iniciativa surgida em Muro de Alcoy, um pequeno vilarejo da Comarca de Comtat, Provincia de Alicante, Comunidade Valenciana – uma região montanhosa, seca e abandonada da Espanha – e se transformou em uma demonstração de que é possivel produzir vinhos com pontuação de primeira classe e com valores ecológica e socialmente superiores, em áreas minúsculas, a partir de vinhedos antigos abandonados e recuperados. Saiba mais em: http://www.invinoviajas.com/2014/11/oportunidades-e-dificuldades-para-o/
(A foto acima é de autoria de Pilar Higuero, conhecida produtora de vinhos sustentáveis da Espanha). O curso é dedicado a trabalhadores da área de viticultura e vinicultura, profissionais liberais, investidores, especialistas em agricultura, produtores de vinho e uva, e as atividades serão realizadas no Campus Cocentaina da Universidade de Valência, no Ágora Centro de Alcoy e nas do instalações Celler LaMuntanya (gestor do projeto Microviñas) emMuro de Alcoy.
Os professores são especialistas de renome na Europa e o programa será coordenado por José Luis e Juan Cascant Vicent, um dos criadores do projeto Microvinhas. O editor de In Vino Viajas, jornalista Rogerio Ruschel (na foto acima, examinando uma videira na Borgonha), participará como palestrante internacional convidado no dia 8 de novembro, sobre “Percepción del valor del minifundio desde el exterior”. Rogerio Ruschel é também consultor especializado em marketing e comunicação para a sustentabilidade socioamiental (com clientes como Walmart, Volkswagen, Vale, Bradesco, Gerdau, Votorantim, WWF e Bayer – veja http://www.ruscheleassociados.com.br/) e foi professor por mais de 20 anos em cursos de gradução na Pontificia Universidade Católica de Porto Alegre e de pós-graduação na Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo.
Veja a seguir a entrevista que Rogerio Ruschel deu sobre o assunto para Vinetur (foto de abertura), o mais importante portal espanhol sobre vinhos.
“Rogerio Ruschel: “El proyecto Microviña es perfectamente exportable a Brasil”
En Brasil todavía se asocia el minifundio con tierras con muy poco valor productivo y cultivadas por agricultores con pocos recursos económicos. Por ello, Rogerio Ruschel, periodista internacional y experto brasileño en markéting ecológico, considera muy positivo que proyectos como el de Microviña se exportasen a Brasil porque supondría generar riqueza. Rogerio Ruschel dictará su ponencia a través de videoconferencia el próximo 8 de noviembre dentro del II Curso Microvinya organizado por la Universidad de Alicante.
Lo que quiero decir con esta introducción es que en Brasil el minifundio se asocia con personas pobres y con tierras con muy poco valor productivo. Es el gobierno quien compra los productos producidos en los minifundios para repartirlos entre los colectivos necesitados.
¿Puede el minifundio ser generador de riqueza?
Por supuesto que sí. De hecho ya lo está haciendo. Está generando riqueza social, ambiental y, por supuesto, económica.
A entrevista está em: https://www.vinetur.com/2014102317125/rogerio-ruschel-el-proyecto-microvina-es-perfectamente-exportable-a-brasil.html#
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