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Por Rogerio Ruschel (*)
Conquistar prêmios é muito importante para uma marca de vinhos, porque obtém o reconhecimento de analistas especializados (críticos, sommeliers, enólogos, fabricantes, chefs, blogueiros, comerciantes e jornalistas) e estes influenciam as vendas para o consumidor final. E em um contexto de competição internacional, mesmo países com reconhecido prestígio internacional como Portugal precisam lutar como em uma batalha – como mostra o painel acima, da estação São Bento da cidade de Porto. Este batalha dura o ano todo: no mundo do vinho existem muitos concursos (431 em 2014), e a World Association of Wine Writers and Journalists – WAWWJ (Associação Mundial de Jornalistas e Escritores sobre Vinhos em livre tradução) com 13.000 associados, organiza o World Ranking Wines & Spirit, um ranking dos rankingsporque soma a pontuação das empresas vinícolas e dos vinhos conquistada em concursos internacionais durante o ano. E Portugal tem que lutar com suas armas: experiência secular e enorme acervo de uvas autóctones em um território pequeno. Veja abaixo as regiões vinícolas do continente.
Em 2014 foram realizados 431 concursos de vinhos no mundo; destes, para fazer o Ranking 2015, a WAWWJ coletou os dados de 75 concursos considerados internacionais por terem concorrido fabricantes de pelo menos 5 países e de cuja Comissão Julgadora participou pelo menos um associado da entidade. Para a consolidação do World Ranking Wines & Spirit 2015 foram avaliados mais de 650.100 vinhos de todo o mundo. Os dados são fechados no fim de janeiro de cada ano posterior, e os resultados são divulgados em Julho. Veja o quadro abaixo com os 20 mais premiados vinhos portugueses em 2014 conforme a World Association of Wine Writers and Journalists.
A participação em concursos de vinho é muito dispendiosa porque é preciso enviar muitas amostras – em 2014 foram realizados 431 concursos de vinhos. Muitos produtores reduziram sua participação em concursos, e entre eles, os portugueses. A travessia foi muito complicada para vários portugueses em 2014 – e o painel da Estação São Bento, de Lisboa, abaixo, exemplifica isso.
Mesmo assim Portugal manteve sua posição de sexto pais mais premiado no ranking dos produtores de 2015; conquistou 1.776 prêmios em 19 competições em 2014, acumulando 37753,18pontos para a classificação mundial de 2015 e teve dois rótulos na lista de 100 melhores: o Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Vinho regional peninsula de setúbal 2011 e o Casa Ferreirinha Quinta da Leda Red 2011. Isso significa uma diminuição muito forte em relação relação a 2014, quando Portugal obteve 3.023 prêmios em 31 competições ao longo de 2013, atingindo uma pontuação de 55.155,47 pontos! De fato, os produtores portugueses diminuíram drásticamente sua participação em concursos e o resultado aparece agora. Veja o quadro abaixo com o resumo do desempenho dos paises.
A melhor empresa de vinhos portugueses (The Best Wine Society de WRWS 2015) foi a Sogrape Vinhos de Portugal SA com 131 prêmios em 10 competições, alcançando uma pontuação de 3098,48 pontos, repetindo e o sucesso que já vem desde 2013 como a Melhor Empresa de Vinhos portugueses. Veja o quadro abaixo com as 20 vinícolas portuguesas mais bem pontuadas.
O melhor Vinho 2014 WRWS de Portugal foi o Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Vinho regional peninsula de setúbal 2011, com sete prêmios em sete concursosm en un total de 161.00 pontos. Em 2013 o melhor vinho também tinha sido da vinícola, mas outro rótulo, o Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2003, com seis prêmios em seis competições, alcançando a pontuação de 186,25 pontos.
Para ver detalhes doWorld Ranking of Wines and Spirits 2015 acesse http://www.wawwj.com/2015/_EN/home.php
(*) Rogerio Ruschel mora e trabalha no Brasil, é jornalista, editor do “In Vino Viajas”, oitavo site de vinhos mais acessado do Brasil e o mais internacional blogue de enoturismo, cultura do vinho e turismo de qualidade da America Latina, com leitores em 126 paises.