Tempo de leitura: 2 minutos
Uma investigação arqueológica no centro do Texas descobriu evidências de que os nativos americanos faziam vinho de uva antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus. In Vino Viajas já havia publicado que viajantes vikings, quase 500 anos antes dos europeus, já havia estado na América.
Em seis diferentes escavações lideradas pela Dra. Crystal Dozier, professora de antropologia da Wichita State University (foto de abertura), vários restos de cerâmica foram encontrados, alguns com evidências de conter cafeína, e outros com partículas de ácido succínico e tartáricos, que estão associados ao vinho de uva.
O que chama a atenção nesse estudo é que ele pode desmantelar a crença de que a origem do vinho na América vem dos colonizadores europeus após a descoberta desse continente. Seria, portanto, a primeira prova de que os índios americanos já faziam vinho há mais de 500 anos, antes que os colonizadores europeus trouxessem as vinhas. (Na verdade esta é mais uma prova, porque outras já foram divulgadas, leia meu artigo abaixo indicado). Além disso, a descoberta da cafeína também é significativa porque seria a primeira evidência arqueológica de bebidas cafeinadas na região. In Vino Viajas já havia informado que os vikings haviam trazido vinho para as Americas 500 anos antes de Colombo, veja aqui: http://www.invinoviajas.com/2015/05/os-vikings-cristovao-colombo-e-o/
Dozier encontrou 54 fragmentos de cerâmica, entre 500 e 700 anos, nos quais traços de cafeína e vinho foram encontrados após a realização dos testes de marcadores químicos relevantes. Em nota da própria universidade, o professor afirma que os achados do vinho seriam “evidências de que o consumo de vinho tinto poderia existir antes que os europeus estivessem aqui”. Dozier também disse que planeja voltar a investigar as descobertas do vinho usando técnicas de DNA, já que ele adverte que os restos do vinho não tinham marcadores “seguros” como a cafeína.
Por outro lado, se as evidências forem verificadas, a pesquisadora afirma que a descoberta pode quebrar um mito comum nos Estados Unidos: “a ideia de que os índios não bebiam álcool até a chegada dos europeus”, observou. Essa descoberta provavelmente iniciará pesquisas futuras em Etzanoa, o local de escavação liderado pelo Departamento de Arqueologia do Estado de Wichita.
Fonte: Vinetur.com