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Por Rogerio Ruschel
Meu prezado leitor ou leitora, desculpe a falta de modéstia, mas sou um pioneiro na divulgação sobre sustentabilidade socioambiental no Brasil, com a criação, em 1989, da primeira empresa de consultoria em sustentabilidade corporativa do Brasil, a Ruschel & Associadois Marketing Ecológico. Naquele ano abandonei uma carreira bem sucedida de publicitário e durante 22 anos investi tempo e energia nesta tarefa, como consultor para algumas das maiores empresas e como professor na ESPM-SP e Senac. Até que alguns anos atrás percebi que o mundo corporativo estava se apropriando das tarefas necessárias para a adoção destes valores, reduzindo-as a coisas simplórias e as transformando em assuntos de modismo temporário.
Então desisti da consultoria, mas não abandonei meu compromisso com o tema, porque entendo que é de minha responsabilidade como formador de opinião responsável continuar buscando este objetivo. Este artigo se insere neste contexto.
Infelizmente continuamos perdemos tempo e espaço lamentando a destruição da educação em geral por políticas e políticos, antes ou durante a pandemia, sem atuar de verdade para modificar o cenário. Perdemos tempo discutindo se práticas de ESG (o nome de moda da sustentabilidade socioambiental corportativa) estão andando prá frente ou prá trás, se são sinceras ou fraudadas. E infelizmente temos sido muito ineficientes como sociedade em fazer essa temática chegar às escolas e universidades,
Enquanto discutimos isso, outros países evoluem.
Um deles é Portugal, país pequeno no tamanho mas gigante em políticas públicas e na inteligência estratégica para pensar o futuro, inovador em várias frentes como na Economia do Mar (que acompanho) e no Turismo (que também acompanho), belissimos exemplos para o Brasil.
Pois agora passarei a acompanhar também a implantação de ESG, e compartilharei o que for oportuno com você e meus leitores.
Desde 2018 Portugal vem introduzindo propostas e práticas de ensino sobre ESG nas instituições de ensino superior do país. Eles organizaram a RCS – Rede Campus Sustentável, uma rede colaborativa de alto nível para tanto, sem preconceitos de público ou privado, grande ou pequeno, estadual ou federal, porque o objetivo é melhorar a sociedade. Atualmente são 36 entidades universitárias em todo o país, atuando em várias frentes.
Pois eles aproveitaram o ano pandêmico de 2021 para avaliar os resultados deste esforço inicial – o relatório de 181 páginas foi lançado há alguns dias e se quiser uma cópia me escreva (rruschel@uol.com.br ) Ou peça para a entidade, aqui: http://www.redecampussustentavel.pt/