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Por Rogerio Ruschel (*)
“O Filme da Minha Vida” – Selton Mello em Garibaldi
Esta semana – dia 14 de abril de 2015 – em Garibaldi-RS, a capital do espumante brasileiro – foram iniciadas as filmagens da produção “O Filme da Minha Vida”. As tomadas iniciais foram realizadas no Parque da Estação (foto abaixo), que no filme será a estação ferroviária da fictícia cidade de Remanso. O longa-metragem é dirigido e estrelado por Selton Mello, premiado ator e diretor (na foto acima) e conta com atores como o francês Vincent Cassel (conhecido por suas atuações em “Cisne Negro”, “Irreversível” e “A Bela e a Fera”) e os brasileiros Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer, Rolando Boldrin, Ondina Clais e Beatriz Arantes, entre outros. A estreia está prevista para o primeiro semestre de 2016.
As filmagens (acima e abaixo) serão feitas nas cidades de Garibaldi, Cotiporã, Veranópolis, Bento Gonçalves, Farroupilha, Monte Belo do Sul e Santa Tereza até o dia 29 de maio e envolvem uma equipe de 150 pessoas. O filme é inspirado no livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármet, também autor do livro “O Carteiro e o Poeta” que já virou filme.
Ambientado no sul do Brasil na década de 1960, a história é sobre a reestruturação de uma família e o rito da juventude para a maturidade. O filme é uma co-produção da Europa Filmes com a MGM International por meio da Lei do Audiosivual/Ancine, patrocínios incentivados e conta com o apoio da Prefeitura de Garibaldi e da Garibaldi Film Commission, organização muinicipal criada para atrair produções cinematográficas e que já está funcionando. Na foto abaixo, um dos cenários onde vão ser realizadas filmagens.
E abaixo, um extraordinário furo de reportagem de In Vino Viajas: o jovem Bernardo Martin Fasolo, neto da vinhateira Lizete Vicari, criadora dos vinhos da Dominio Vicari, contracenando com Selton Mello. Segundo conversas ouvidas em Garibaldi, o cachê de Bernardo incluiu o fornecimento de 30 caixas de fraldas e duas caixas de mamadeiras importadas de griffe Veuve Clicquot.
Com atores do primeiro time do Brasil como Glória Pires, Patrícia Pillar, Alexandre Paternost, Gianfrancesco Guarnieri, Cecil Thiré, José Lewgoy, Bruno Campos e Antônio Carlos (cenas acima e abaixo), o filme fez com que a própria comunidade olhasse com outros olhos para seu rico patrimônio, único no Brasil.
O filme foi indicado ao Oscar na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro”, uma façanha, por ser o segundo filme brasileiro a conseguir isso: o primeiro foi “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, em 1962, que acabou ganhando uma Palma de Ouro em Cannes. Além disso o filme ganhou os prêmios nas categorias de “Melhor Atriz” para Glória Pires (na fotoa baixo), “Melhor Direção de Arte” e “Melhor Trilha Sonora” – criada por Caetano Veloso – no Festival de Cinema de Havana (Festival del Nuevo Cine Latinoamericano) e trouxe um troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) para Gloria Pires na categoria “Melhor Atriz”. Na época do filme as ruas foram cobertas com areia e os postes retirados para dar o clima de época, como mostramn as fotos abaixo.
O galã Gianecchini e a mulher do jogador que é prostituta
Também atuam no filme os atores brasileiros Carlos Vereza e Daniela Escobar e uma curiosidade: Clarice Alves, a mulher do zagueiro Marcelo, da seleção brasileira – aliás, muito bonita – fez o papel de uma prostituta de luxo incluindo uma sequências de intimidades com o galã Gianecchini. Acho que temos pelo menos alguns tons de cinza por ai, não? Na foto abaixo Clarice Alves em uma entrevista para o Jô Soares.