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Por Rogerio Ruschel
Estimado leitor ou leitora, as pessoas responsáveis pelo desenvolvimento de Indicações Geográficas (IGs), parece uma grande familia: são simpáticos e dedicados, amigos felizes. No dia 8 de agosto convivi com parte desta família na simpática Jundiaí, uma pequena-grande cidade próxima de São Paulo, para fazer uma palestra para lideranças de IGs, diretores de órgãos de agricultura do Estado e de prefeituras e produtores rurais sobre meu livro “O valor global do produto local – A identidade territorial como estratégia demarketing” na 2a. Assembleia Geral Ordinária do Fórum de IG e MC do Estado de São Paulo.
Havia estado em Jundiaí em agosto de 2023 quando fui um dos 12 membros da Comissão Julgadora da 1a. edição do Concurso Brasileiro de Vinhos de Mesa – CBVM – a primeira avaliação de vinhos produzidos no país com uvas híbridas e americanas, vitis labrusca, tradicionalmente produzidas por descendentes de imigrantes (como Isabel, Bordô, Lorena, Moscato e Bibiana) e não vinhos de uvas de vitis viniferas, aquelas castas européias que todos conhecem e que estão no mundo todo. O julgamento foi no Centro de Enologia da ETEC Benedito Storani-Etec BeSt, que pertence ao Centro Paula Souza.
Pois nos dias 8 e 9 de agosto foi realizado em Jundiaí a 2ª Assembleia Geral Ordinária de 2024 do Fórum de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas do Estado de São Paulo. O evento foi coordenado por Francisco José Mitidieri, auditor Fiscal Federal Agropecuário no Ministério da Agricultura e Pecuária e Presidente do Fórum paulista e pela vice-presidente do Fórum, Helena Carolina Braga, do Instituto Nacional de Propriedade Privada (INPI), e secretariado por Adriana Verdi, da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Diretora Executiva da Fundepag, da USP.
O evento contou com o apoio do Sebrae-SP (Fabio Augusto, de Desenvolvimento Setorial e Territorial) e Sebrae-Jundiai; pela Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia do Instituto Federal de São Paulo, com a presença do diretor executivo Eder José da Costa Sacconi; pela Associação Agricola de Jundiaí, gestora da IG Uva Niagara Rosada de Jundiahy (uma das mais simpáticas gestoras de Indicações Geográficas), presidida por Renê Tomazetto. Renê fez um relato histórico divertido e emocionado dos obstáculos ultrapassados pelos produtores rurais e lideranças regionais por longos 14 anos para obter a certificação de Indicação de Procedência para a Uva Niagara Rosada, publicada em abril de 2024.
Apoiaram o evento Isabel Harder, diretora de Agronegócio da Prefeitura de Jundiaí (que gentilmente me ofereceu transporte de ida e volta entre São Paulo e Jundaí); Henrique Galucci – presidente da COCAMPI – IG café da região de Pinhal e pres. da COOPINHAL; o professor Ilan Avrichir, da Escola Superior de Propaganda e Marketing/ESPM; dirigentes do Sebrae e dirigentes de IGs como Silvia Mestriner, da IG Calçados Infantis de Birigui. Dia 8 os trabalhos foram em auditório e dia 9 houve uma visita a uma propriedade de uva niagara rosada e também à ETEC Benedito Storani.
Como a IG Uva Niagara Rosada de Jundiahy tem cobertura em cinco municipios (Jundiaí, Louveira, Itupeva, Jarinu e Itatiba), estiveram presentes representantes dos municipios entre os quais Renata Cabrera de Morais, Secretária de Cultura, Esportes e Turismo de Jarinu, levando um Mapa do turismo na cidasde desenvolvido com o espirito de valorização de produtos locais por um grupo de especialistas, entre os quais este repórter.